sexta-feira, 13 de maio de 2011

HOMENAGEM ÀS MULHERES

Uma mensagem a todos os membros de Mural dos Escritores...

 


Escritoras, artistas, ativistas culturais e sociais, médicas, engenheiras, empresárias, autônomas, das mais variadas funções, mulheres guerreiras que lutam encontrando espaço num lugar onde antes só existiam homens, e a todas as mulheres do mundo, que todo dia seja Dia da Mulher.

Não há como desejar às mulheres uma felicidade separada, pois são tão generosas que não seriam felizes se o mundo à sua volta também não o fosse. Como as mulheres, mães do mundo, seriam felizes sem que seus filhos, maridos, amigos, todos o fossem? Mesmo as mulheres que não têm filhos gerados em seu útero, não fogem à maternidade, pois são mães por excelência, acabam sendo mães de seus amigos, sobrinhos, desassistidos, tratando-os de forma maternal, protetora, atenciosa, já que essa é uma característica feminina de que nenhuma mulher foge.

Na antiguidade, o homem e a paternidade eram ligados simbolicamente ao dia, pois saíam à caça, à conquista, às disputas com os outros homens, buscando domínios; a mulher e a maternidade eram ligadas ao símbolo da noite, quando havia o encontro, o alimento, a fecundação, a busca da segurança, o zelo para com o que foi conquistado, a preservação da vida.

Séculos e séculos e essas características continuam inerentes e sobressaem nos dois elementos da raça humana. As coisas mudam sempre, já que não somos seres estáticos, aprendemos e mudamos continuamente. Já há uma mistura, devido a transformação da realidade e dos costumes, adquirimos aprendizagens na partilha dos saberes e valores num mundo onde homens e mulher começam a serem valorizados como iguais; que bom que os homens puderam se tornar mais sensíveis e que bom que as mulheres puderam se tornar mais guerreiras, estendendo os seus limites para fora das paredes de suas casas; sem que cada um perdesse o que já lhe era inerente. Somos seres humanos mais completos assim.

Então, deseja-se um mundo melhor, mais feminino, mais humano e solidário. Não seria muito difícil se cada um fizesse a sua parte. Se cada um ajudar a pessoa necessitada que estiver mais perto de si, seja na sua família, rua, emprego, espaço social, todas as pessoas seriam assistidas, como uma corrente de boa vontade e não existiriam necessitados.

Mulheres, que Deus as proteja sempre! Vocês que são ninho e alicerce da família, preservadoras da vida, por excelência. Que Deus conceda ao mundo a conservação e disseminação dessas características inerentes ao Ser Mulher.

UM REAPANHADO NO TEMPO E NO ESPAÇO

Com Ísis – a primeira soberana, Sapho – a primeira poeta e educadora, e Santa Maria, mãe de Jesus – a primeira mãe a ser valorizada, começa a desmistificação da mulher como um ser inferior. A realidade que ainda é muito injusta com a mulher, assusta ao homem quando este percebe que ela não é tão frágil quanto a teoria o fez acreditar.

Não se pode negar na história também retratada na arte, o espelhamento de uma sociedade, ainda de comportamento se não totalmente machista e violenta, muito paternalista e protetora - dois extremos de comportamento que ainda subjugam a mulher - mas que também que cobra demais do homem numa relação em ser o provedor, como da mulher em ser um ser passivo. Uma receita que nunca deu certo, pois sempre gerou sofrimento. Quando nas relações reais, vividas, esses paradigmas são quebrados, há o trauma que é pano de fundo para o drama que faz parte dos romances, das poesias, dos estilhaços e reconstruções de cada ser, que só aprende vivendo.


 Ame o seu próximo como a ti mesmo e ao seu Deus sobre todas as coisas.  A fé e a humanidade se misturam em Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce. A bondade é a maior manifestação do amor.
Quebrando barreiras e paradigmas fixos na comunicação e artes: Janete Clair, Dorina Nowill, Niomar Moniz Sodré Bittencourt, Hebe Camargo e Marília Gabriela.  Quando se fala de força, voz e talento, Bidu Sayão, Carmen Monarcha, Carla Maffioletti, Ana Carolina. Transformaram a visão que se tinha do teatro brasileiro Maria Clara Machado, Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro e Marília Pera. Tomie Ohtaka, Tarsila do Amaral e Iara Tupinambá cubriram de cores nossa vida e marcaram a sociedade brasileira com sua personalidade marcante e caráter obstinado. Encantaram gerações na ponta dos pés Ana Botafogo, Márcia Haidée, Isadora Duncan. Ultrapassando a barreira da beleza e o paradigma de que toda mulher bonita é burra, principalmente se for loira, para brilhar nos palcos e na TV: Tônia Carreiro, Vera Fisher. Sentindo o gosto pela vida no bailar das teclas: Chiquinha Gonzaga e Guiomar Novaes. O recato não é entrave para o talento ser reconhecido, pois nem toda carreira se constrói com escândalos, como bem mostra a discrição e ou timidez de Fernanda Montenegro – a primeira dama do teatro, Regina Duarte – a primeira grande musa da televisão brasileira, chamada namoradinha do Brasil, Catherine Deneuve – um dos maiores nomes do cinema internacional.

Marie Curie, Lina Villa e Carmen Prudente foram pioneiras no enfrentamento corajoso do Câncer.

Quem disse que política não é coisa de mulher? No Brasil, foram pioneiras, em diferentes áreas, Bertha Lutz, Therezinha Zerbini, Carlota Pereira de Queirós, Esther Figueiredo Ferraz, Luiza Erundina e Dilma Rousseff; no exterior, Margaret Thatcher, Hillary Clinton, Golda Meir, Rosa Luxemburgo. Quem disse que um grande homem tem uma mulher por trás? E por que não do lado? Evita Peron, Jaqueline Kennedy, Princesa Diana, Ruth Cardoso.

A educação é um valor e uma procura com Maria Montessori e Madre Cristina.

Há vida e havendo uma educação de qualidade para homens e mulheres, as escritoras despontam maravilhas porque o que escrever sempre houve. Entre a poesia, o histórico, o cotidiano, a ficção, o drama, a doçura, com ou sem as famosas entrelinhas, as brasileiras: Raquel de Queirós, Adélia Prado, Cora Coralina e Clarice Lispector; e também as maravilhosas: Jane Austen, Elizabeth Barrett, Elizabeth Gaskell, Harriet Beecher, Emily Dickinson, Will Cather, Virginia Woolf , Agatha Christie, Rebeca West, Simone de Beauvoir, Muriel Spark, Nadine Gordimer, Maya Angelou, Toni Morrison, Alice Munro, Susan Sontag, Margaret Atwood, Isabel Allende, Alice Walker, Carol Shields, Anita Desai, Annie Proulx, Barbra Cartland.

O esporte feminino começou a romper barreiras com Maria Lenk, Hortência, Paula e Maria Esther Bueno.

Além de todas essas mulheres maravilhosas e pioneiras, provarem o valor da mulher na família e em todos os setores da sociedade, promoveram discussões e movimentos na busca da igualdade - uma luta eterna, para um mundo juntos, com homens e mulheres - sem maiores nem menores: Betty Friedan, Margaret Mead.

Mulher tem sexo e também tem direito ao prazer: Shere Hite, Marta Suplicy.

Quem duvida que todos nós - homens e mulheres - nada mais somos que seres humanos, maravilhosos e imperfeitos ao mesmo tempo? Temos a nossa frente, tantas possibilidades e tantas limitações e temos que saber lidar com isso. Por isso, o ser humano vive sempre junto de outra(s) pessoa(s) - querendo ou não, indiferente do grau de independência que este alcance - e cada um contribui de uma forma diferente.

Nice da Silveira e Melanie Klein empreenderam esforços na busca da Psicocura.

Devemos todos lutar pela igualdade de direitos. O homem não é nada mais nada, menos que a mulher. Os dois devem ser valorizados e respeitarem-se, quer no convívio íntimo ou apenas no social. Infelizmente, isso ainda é uma busca, uma luta que devemos promover. Assim, quando aprendermos a parar de disputar grandezas e menosprezar o outro, podemos sair todos juntos, em voos maravilhosos, porque Santos Dumond, Anésia Pinheiro Machado e Amélia Earhart, já percorreram por nós os perigos da experimentação, nos mostrando que o infinito é o limite.

CRUZ, Ana da. Homenagem às Mulheres (Atualização). Mural dos Escritores, 2/03/2011 Texto primário na URL:http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/homenagem-as-mulh... 07/03/2009
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