segunda-feira, 7 de março de 2011

A inimiga...


Aprendi
Da maneira mais gentil
Que minha inimiga mora aqui,
Em meu ouvido esquerdo.
É ela que fala do medo
É ela que ri descontrolada
Quando a mão que afaga bate,
Quando a mão que bate afaga.
No costume da madrugada
Na hora do seu sono
Na hora do meu dono.
É ela que sai do nada vestida de guerra
Prega assim a lança em meu ombro
Me causa espanto.
Tinha esquecido dessa gana de ir!
Mas pior é quando em remanso ela chora encolhida
Porque, sem nada explicar, meu amado me manda ir...


((Gabriela Boechat)) 

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